A reunião proposta pela
prefeita somente com os vereadores da base governista, teve seu desdobramento
alterado mesmo antes dela ter se iniciado, com a iniciativa do presidente da
câmara em convencer a prefeita em aceitar a participação do presidente do
sindicato, com isso o sindicalista entrou em contato com os vereadores da
oposição exigindo a participação deles.
Neste primeiro ato
verificamos o espírito público do presidente da câmara, Luciano Nunes, ao ter a
iniciativa de inserir o presidente do sindicato na reunião mesmo com todas as divergências
existentes entre ambos, prevaleceu o respeito institucional. Outro ponto a se
destacar é a coesão dos parlamentares opositores com o sindicato, fortalecendo
assim o respaldo institucional dos parlamentares para o movimento de greve dos
servidores.
O poder legislativo tem
cumprido com louvor seu papel de mediador como ferramenta de negociação dos
servidores com o executivo, mesmo com a base governista atrelada aos desejos da
prefeita, o presidente da casa tem agido de acordo com as movimentações do
grupo opositor com o sindicato, tanto que até o momento ele tem mantido o
acordo assinado com os servidores em manter a pauta de interesse orçamentário
do executivo travada até resolver o impasse com o funcionalismo.
Por outro lado o mesmo não
podemos avaliar sobre o papel prestado pelo poder executivo neste imbróglio administrativo,
na verdade o governo tem prestado um verdadeiro “papel miserável” tanto com os servidores
como com o legislativo, primeiro com a prefeita agendando uma reunião com
todos, para depois desmarcar esta reunião para depois agendar outra reunião, só
que desta vez com poucos.
A reunião com poucos, teve a
participação de quase todos, porém de nada adiantou, pois sabe-se lá porque a
prefeita decidiu por uma reunião que deveria se para iniciar uma negociação
salarial, ela somente comunicou que não há condições financeiras para atender
tal demanda.
Ela ainda fez questão de
ressaltar que não será candidata a nada em 2016, e com isso ela não teria que agradar
a ninguém, seja opinião pública ou com os servidores, deixando muito claro que
ela se norteia de acordo com seus interesses eleitorais, fato amplamente
denunciado e comentado na cidade, porém somente agora confirmado por sua
própria boca.
O governo optou pela
resistência em sonegar aos servidores aquilo que lhes é garantido por lei, a
Lei da Data base salarial que nunca foi cumprida pelo governo, a equipe
econômica apresenta para a sociedade um cenário contábil e financeiro
completamente propício para atender a reivindicação da classe, 10% de reajuste
e cartão alimentação a R$ 200,00 e mesmo com os números favoráveis estando
registrado em documento púbico, a prefeita apresenta uma papelada enganosa na
pretensão de ver seus capachos legislativos abraçarem sua causa.
Aos servidores somente resta
a alternativa radical pela ruptura com o executivo e promovendo no mínimo uma
paralização geral com prazo de no mínimo cinco dias úteis. Somente assim o
governo cederá aos desejos mimados da prefeita.